Greve internacional das mulheres
Greve internacional das mulheres -2017
“Hoje, nesse 8 de março histórico – nesse lugar que nós ocupamos sim, e vamos ocupar pelos próximos quatro anos – se faz presente a população das mulheres do Rio de Janeiro.”
[Discurso de Marielle Franco no plenário da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em 08/03/2017].
Em 2017, as manifestações do 8 de Março foram convocadas como uma greve internacional das mulheres. Além de participar do ato, o mandato de Marielle preparou um material informativo sobre os serviços públicos de acesso aos direitos das mulheres.
Na data, também foi entregue a medalha Chiquinha Gonzaga à ativista negra trans Jaqueline Gomes de Jesus. E no final do mês, o mandato apresentou o PL do Espaço Coruja, para ampliar a permanência das crianças nas creches municipais.
A convocação para a Greve das Mulheres foi feita pelas argentinas para o 8 de março de 2017. Além delas, mulheres de diversos países propuseram “protestar contra o feminicídio, a exploração no trabalho/econômica e a desumanização e desierarquização das mulheres”.
Grupos feministas da Austrália, Bolívia, Brasil, Chile, Costa Rica, República Checa, Equador, Inglaterra, França, Alemanha, Guatemala, Honduras, Islândia, Irlanda do Norte, Irlanda, Israel, Itália, México, Nicarágua, Peru, Polônia, Rússia, El Salvador, Escócia, Coreia do Sul, Suécia, Togo, Turquia, Uruguai e EUA confirmaram a adesão através de manifestações.
O protesto internacional foi inspirado no Dia Livre das Mulheres islandesas de 1975. Angela Davis e outras ativistas assinaram também uma carta para as Mulheres dos Estados Unidos.
“Vamos nos unir e assim Trump verá nosso poder, uma carta na qual chamavam à ação para “construir uma greve geral contra a violência masculina e em defesa dos direitos reprodutivos”. Sua proposta era construir “um novo movimento feminista internacional com uma agenda expandida: antirracista, anti-imperialista, anti-neoliberal e anti-heteronormativo”.